Incentivar a criação, em cada um dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, de Conselhos de Segurança Alimentar. Este foi o objetivo defendido pelo presidente da Comissão de Segurança Alimentar da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Sabino (PSC), nesta terça-feira (31/08), durante a comemoração do Dia do Nutricionista. O parlamentar disse, durante a palestra “O compromisso do nutricionista com o direito humano à alimentação adequada”, que pretende estreitar o relacionamento com as prefeituras. “Queremos que cada município tenha o seu conselho de segurança alimentar. Precisamos também aproveitar o que é produzido nas academias de pesquisa e ciência e assegurar o direito a alimentação, desde a amamentação até as pessoas em hospitais, escolas e trabalhadores", concluiu.
Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas, Katia Cardoso dos Santos também esteve no encontro, e comentou sobre a importância dos conselhos municipais. "Os nutricionistas deveriam ser inseridos nessas políticas públicas e nas ações de programas de saúde e de direito. É muito bom estarmos aqui dialogando com o poder público sobre toda a contribuição que o setor pode trazer para a sociedade", disse Katia, que falou sobre a importância da categoria. "Nós trabalhamos na promoção, prevenção e na recuperação da saúde. Quando falamos de direitos humanos e alimentação adequada, nós falamos de administração e saúde. Hoje, vemos uma população mundial nada saudável. Isso é muito preocupante", comentou Katia.
Durante o evento também foi apresentado o programa de alimentação do trabalhador, um estudo realizado pela Associação de Nutrição do Estado do Rio de Janeiro. A presidente da instituição, Lúcia Andrade, disse que o tema tem reflexos, inclusive, na economia do estado. "Uma estratégia bem elaborada de alimentação no trabalho traz benefícios como melhores condições nutricionais, melhor qualidade de vida do trabalhador, aumento da produtividade, integração entre funcionário e empresa, crescimento da atividade econômica e menor gasto em programas de saúde", apontou.
Lúcia ainda falou sobre alimentação hospitalar. Segundo ela, o acompanhamento nutricional dos pacientes é praticamente inexistente no Rio de Janeiro. "São vários pontos que prejudicam o acompanhamento nutricional das pessoas hospitalizadas no estado. São problemas como a alta rotatividade dos funcionários, falta de aferição de peso e altura, desnutrição não identificada e outros não menos importantes, como falta de balanças em diversos hospitais", enumerou.
Também participaram do evento representantes da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Fonte: ALERJ